Primeiro foram as notícias que davam conta de uma nova fábrica da Intel em Portugal. Um sucesso, garantia-se, que já tinha 4 milhões de encomendas ainda antes de ser instalada a primeira pedra. Um investimento que iria criar 1000 postos de trabalho qualificados, na zona de Matosinhos, graças à diligência do Governo.(...)
Um único problema. Não só o computador não tem nada de novo como a única coisa portuguesa é a localização da fábrica e o capital investido. A "novidade mundial" ontem apresentada, já tinha sido anunciada a 3 de Abril - no Intel Developer Forum, em Shangai - e foi analisada pela imprensa internacional vai agora fazer quatro meses. O tempo que tem a segunda geração do Classmate PC da Intel, que é o verdadeiro nome do Magalhães. De resto, o primeiro computador mundial para as crianças dos 6 aos 11 anos, características que foram etiquetadas pela imprensa lusa por ser resistente ao choque e ter um teclado resistente à agua, já está à venda na Índia e Inglaterra.(...)O “nosso” Magalhães é isso mesmo, uma versão produzida em Portugal sob licença da Intel, uma história bem distinta da habilmente "vendida" pelo governo para criar mais um caso de sucesso do Portugal tecnológico.
O pior de tudo, caro Marco, é que a comunicação social portuguesa alinha sistematicamente na propaganda governamental e (muito) raramente se dá ao trabalho de investigar as matérias em questão a fundo, como deveria pautar-se a sua actuação.
ResponderEliminarA «papinha feita» dá menos trabalho e cria menos chatices.
O Zé Povinho, se quiser saber mais, que vá à intermet...
Meu caro anónimo cada vez mais, pelas mais variadas condicionantes (não só do facilitismo) os media comunicam aquilo que querem; eles sabem o poder que têm, e os patrões (oficiais e não-oficiais) sabem-no melhor ainda.
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