«Uma droga que entorpece e vicia os próprios produtores».
Foi assim que o presidente brasileiro, Lula da Silva, classificou os subsídios agrícolas aos produtores americanos e europeus. Faz todo o sentido a afirmação. No caso europeu, a PAC [Política Agrícola Comum ] veio, a grosso modo, alavancar e sustentar uma agricultura que num mundo globalizado [não aquele que querem implementar os senhores do mundo] não tem lugar. É uma política agrícola proteccionista, que subsidia para não produzir para assim cumprir as quotas predefinidas pelos burocratas europeus, numa tentativa de realização de uma pseudo-economia agrícola planificada.
É assim que se sustenta grande parte dos produtores europeus e americanos. Subsidiando-os, o que directa e indirectamente implica “roubar” a quota de mercado agrícola europeu e americano destinado aos mais pobres produtores do Mundo.
Um dos maiores entraves ao desenvolvimento dos indigentes do mundo, como não podia de ser, são as políticas proteccionistas da Europa e EUA. Arruinando a agricultura dos países em subdesenvolvimento, os agricultores americanos e europeus desesperam a cada corte subsidiário, pelo simples facto de ser esta a sua base de sustentação. Os políticos e até os próprios produtores agrícolas têm uma noção mais lúcida do que a minha em relação a este problema. Contudo, outros valores se impõem e este problema se eterniza.
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