13 fevereiro 2009

Reciclagem/rentabilização do meio (I)

Nos últimos meses muito se tem falado em crise finaceira/económica, na falência de empresas com o consequente aumento do desemprego, nas taxas de juro, no crédito mal parado, em Barack Obama, etc. Ouvimos debates atrás de debates, semanas após semanas, carregados de parcialidade política, envoltos em ressabiamentos que mais parecem uma matilha em que todos ladram e nenhum tem razão. Por vezes dou por mim a perguntar que futuro social nos está reservado?! Já me resignei, de certa forma, quanto às perspectivas económicas futuras. Mas o que eu não consigo "engolir" é a crise socio-política em que estamos enclausurados. Será que é tão dificil a humanidade entender que a recuperação económica só é possivel com uma modificação das nossas relações em sociedade e em política?! Estamos a atravessar um dos maiores desafios dos últimos cem anos e nem assim a sociedades procura sentar-se à mesma mesa para dialogar. Sim, dialogar e não monologar, que é que o que se tem feito em cimeiras disto e daquilo, e reuniões G 7, G 8, G 20, ou G não sem quantos.
À escala nacional o cenário é muito semelhante. Os debates na AR parecem debates dos parlamentos asiáticos, nos quais se fazem insinuações, insultos e ataques pessoais, como forma de mascarar a imcompetência governativa e de oposição (só falta partirem para a violência). Perdem-se horas na AR em discussões periféricas e azedas, deixando as questões centrais para segundo plano. A direita e a esquerda nunca estiveram de acordo em nada, muito menos estarão em ano de calendário eleitoral. A direita parece um deserto árido e seco. A esquerda parcece um mar dividido no qual se navega sem bússola.
Seria importante os políticos esquecerem um pouco as orientações partidárias e os estudos estatíscticos (que actualmente pouco espelham a realidade), e olharem à sua volta, sairem dos ministérios e da AR para começarem a percorrer o país de Norte a Sul e de Este a Oeste, para verem realmente onde estão os nossos problemas de base e as nossas esperanças (têm uma boa oportunidade quando começarem as campanhas eleitorais). Olhar global é ser-se justo e inteligente. Chega de centralismo capitalista. Seria importante pensar menos no dinheiro e mais nos recursos que temos ao nosso dispor para fazer dinheiro e sair deste fosso. Depois disso reunirem-se na AR com sentido de Estado, para conversarem sobre as soluções para o futuro, mandando pelo autoclismo todas as barreiras idelógicas que tanto ódio e ressabiamento têm gerado.

1 comentário:

  1. É verdade!!! Um dos maiores recursos que se desperdiça é o poder do diálogo.
    Porque não reciclar os monólogos em verdadeiros diálogos? Rentabilizar este meio com o objectivo de unir a sociedade e porque não, politico em politicas capazes de responder aos desafios dos tempos.
    aqui fica uma semente para começarmos a ter árvores saudaveis.

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