No início da "novela BPP", o Estado, via governo, emprestou cerca de 450 milhões de euros ao Banco Privado Português. No momento, o ministro das Finanças e o governador do Banco de Portugal de então, asseveravam que os activos do Banco (segundo eles, avaliados em cerca de 670 milhões de euros) seriam suficientes para servir de garantia ao empréstimo. O Tribunal de Contas "chumbou" o aval, mas o empréstimo já estava atribuído e absorvido pela instituição e pelas "offshore". Hoje, sabe-se, que o BPP não possui os tais fundos que serviriam de garantia ao empréstimo (segundo uma auditoria o BPP só possui cerca de 33% das garantias dadas) o que pode implicar a perda de milhões de euros ao Erário Público. O Estado endividou-se para permitir o empréstimo a uma instituição privada, aumentando assim o seu endividamento (défice) e prolongar uma situação "condenada". Mais uma vez roça-se o termo "gestão ruinosa" e o Estado, ou seja, todos nós, ficamos a perder. O Bloco de Esquerda pede explicações pela mentira e exige responsabilização. Eu pediria algo mais.
Sem comentários:
Enviar um comentário