No início do ano de 2008, Cabeceiras de Basto integrava o grupo dos primeiros municípios portugueses a iniciar o processo de implementação de Equipas de Intervenção Permanente (EIP). Essas equipas, suportadas financeiramente pela Autoridade Nacional de Protecção Civil e pelas Câmara Municipais, visam melhorar o serviço de Protecção Civil, dando profissionalismo e qualidade ao serviço prestado.
Porém, Cabeceiras de Basto, estando na vanguarda na criação destas equipas, assume, hoje, o papel inverso - é dos poucos concelhos que não possui estas equipas. Chegamos ao ponto em que, no distrito de Braga, haja concelhos com três equipas e que num dos concelhos com uma maior área florestal do distrito, estas equipas continuam no papel.
As desculpas "oficiais" afirmam que a causa deste adiamento prende-se por uma restrição nos critérios de admissão (idade do candidato tem de ser inferior a quarenta anos). É uma reclamação absurda e contraproducente. Absurda porque, conhecendo, como conheço o quadro activo dos bombeiros cabeceirenses, há, e no início do processo havia ainda mais, bombeiros formados, com experiência e com idade suficiente para cumprir os requisitos. Contraproducente, porque devido a uma exigência absurda (aumento da idade máxima para a candidatura) temos o adiamento de uma protecção civil com mais qualidade, resultando, como é óbvio, num "não melhoramento" do serviço de protecção civil no concelho de Cabeceiras de Basto e isso implica uma menor protecção aos cidadãos cabeceirenses.
Como afirma, e bem, Fernando Moniz (governador civil de Braga) "as câmaras têm a primeira e a última palavra" no processo de criação destas equipas. E, citando Fernando Moniz, se estas câmaras não implementam estas equipas é porque "(...)nem sempre as câmaras municipais consideraram a Protecção Civil uma questão prioritária". Mais uma vez, Fernando Moniz reforça a responsabilidade deste processo aos executivos camarários a afirmar que "(...)se houver vontade política dos presidentes de câmara, a situação resolve-se".
Pois bem, que haja responsabilidades políticas apuradas. Não há uma única razão, suficientemente válida, para que Cabeceiras de Basto, e outros concelhos em idêntica situação, não implemente estas Equipas de Intervenção Permanente. Basta deste circo de minudências burocráticas e de interesses disfarçados.
Sabe uma coisa Sr. Marco? É porque ainda não encontraram os boys certos para os lugares! ou ainda não percebeu que aí funciona assim???
ResponderEliminarAnónimo, que remédio!
É porque o Barreto não quer que as equipas funcionem. Mas não será este um exemplo da quebra de confiança de Barreto com o seu vice e presidente dos Bombeiros? É que consta que as relações já conheceram melhores dias. Como sempre, quem fica a perder é a terra.
ResponderEliminar