Não podia estar mais solidário com as críticas e com as exigências que fazem os arcoenses (e não só) sobre o encerramento do Agrupamento de Escolas de Arco de Baúlhe. Todo o cidadão tem o direito à indignação. E neste caso, a razão suporta a indignação. Os burocratas e economicistas que moram nos obscuros ministérios do Estado estão a encerrar alguns Agrupamentos de Escolas fria e cegamente, desde que estes não cumprem os desígnios do PEC imposto pelas financeiras e pela União Europeia. Estes encerramentos não têm em conta os factores de desenvolvimento, de melhoria do ensino, de optimização da gestão escolar. Apenas têm o corte orçamental como objectivo. Não falaram com os seus corpos directivos e muito menos pediram a opinião à população, que é servida por estas instituições. Fecham e pronto. Autocraticamente, como só o interesse monetário sabe impor.
No caso de Arco de Baúlhe o problema é . Este agrupamento, e em particular a sua direcção, tinham um projecto (eleito democraticamente, para infelicidade de alguns), uma obra relevante e uma importância social única naquela terra. Se o fecho cego pelas autoridades nacionais é algo que incomoda, a passividade (para não dizer a permissividade) das autoridades locais (Câmara de Cabeceiras de Basto, junta de Freguesia de Arco de Baúlhe e afins) é revoltante. Mais uma vez, parece que o interesse partidário está à frente dos interesses das populações. Qual é a terra que vê uma importante instituição social a encerrar e as autoridades locais, para além de anuir passivamente, têm o papel de "mensageiro da morte". Pois, em Cabeceiras de Basto foi o que aconteceu.
Portanto, a população tem o dever de "acordar" e manifestar-se. A "voz activa" deve-se ouvir para além dos interesses pessoais. Como foi visto, quem foi eleito para os defender não vos defendeu. A voz popular é imperativa. Façam-na ouvir!
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