Cada vez mais preocupo-me, a angústia assola-me, destruindo os meus pensamentos e minimalizando a esperança advida da corrente neoliberalista que ensombra Portugal. Seus devaneios são imprevisíveis no espectro temporal mas mais que previstas nas suas consequências vivenciais.
Sua antítese, o Socialismo, resvala nas necessidades pragmáticas ocidentais e incompreensíveis para outras direcções terrestres bem mais necessitadas, mas continua a ser, pelo menos idilicamente, a tábua de salvação de uma sociedade vendida ao hedonismo capitalista. É nesta sociedade de consumo premente e hedonismo supérfluo, que Portugal está a tornar-se. Incentivado pela turba avara de políticos e capitalistas, que vêem nesta ideologia um método de alcançar os seus fins e proveitos, a filantropia, necessária para um sustentável desenvolvimento social do nosso País, tem sido descriminada. A equidade, fraternidade e liberdade são esquecidas.
Mas a esperança permanecerá. A inviolável percepção de um Mundo justo e altruísta reinará e ajudará ideais e idealistas, na árdua jornada de a tentar realizar.