Equidade na justiça aparenta não existir. A classe profissional parece ser um determinante na aplicação da justiça em Portugal. O corporativismo, no sentido negativo, continua a ludibriar, a impor, a decidir e a fomentar a injustiça para proveito próprio.
A classe profissional médica continua a convergir as maiores enormidades no âmbito da acção corporativa. Erros médicos explícitos, não julgáveis perante a sua "áurea" protectora, incentivos financeiros exuberantes e discriminatórios que alimentam o faustoso rendimento, a promiscuidade entre o seu serviço público e o privado, a equidade disfarçada na atribuição de vagas de formação em especialidades dentro da própria classe profissional, a enorme pressão dentro do Serviço Nacional de Saúde e no Ministério da Saúde no continuar das prerrogativas discriminatórias, o constante desprezo pelo Estado e a contínua exigência de mais e melhores rendimentos só justificada pela má distribuição e a influência da classe médica, a Ordem profissional que esquece o seu propósito de defesa do cidadão utente e, continuamente, defende a classe em detrimento do cidadão utente. Todos estes factos culminam num horror que possui as mais várias consequências.
O mito da fuga dos médicos do S.N.S. para os privados só é fundamentada e asseverada com o continuar do pernicioso corporativismo. Devia-se clarificar posições e acabar com o mito para o bem comum. Dizem que existe falta de médicos em Portugal, no mesmo País que possui um dos melhores rácios médico por habitante do Mundo. Depois, quando convém, defendem o excesso de profissionais em formação para credibilizar a não abertura de uma vertente privada do ensino de Medicina, que continua a ser o único curso superior a não ser leccionado na vertente do ensino privado.
Promova-se a mobilidade de profissionais, de outras regiões, países, continentes, tão ou melhores profissionais que estariam dispostos a trabalhar em Portugal, como nós sabemos, promove um bom rendimento para esta classe profissional. Para isso teríamos de enfrentar a Ordem dos Médicos que tanto lhe convém travar a validação destes profissionais, para o demagógico proveito dos seus.
Promovam uma retribuição altruísta, uma singela maneira de "diluir" os efeitos de tal corporativismo, para a sociedade, incentivando os profissionais em acções de solidariedade médica, onde, neste campo, os médicos estrangeiros creditados e trabalhadores em solo luso estão a dar o exemplo. Contudo, felizmente, existe uma substancial parte desta classe profissional que promove a idoneidade e a equidade, mas a maioria não faz a diferença e continuamos a vivenciar e a sentir o mito e a injustiça com efeitos pr'além da Saúde. Haja esperança e vontade para mudar.
Não esquecer a formação paga pelos laboratórios.
ResponderEliminarPois, mais uma característica formativa depois da formação.
ResponderEliminarGostaria que houvesse, alguém que tivesse a hombridade, o sentido de equidade e responsabilidade que acabasse com esta vergonha. Enquanto não reconheço ninguém espero e anoto.