Qualquer insinuação à ligação entre a reactivação e o posicionamento da IV esquadra naval dos EUA (que estava desactivada desde 1950), que funciona como posto avançado dos EUA e articula e coordena as 'forças no terreno' que, digamos, 'pressionam' os novos governos sul americanos de índole socialista, e os acontecimentos na Bolívia, não pode ser descurada. A história ensina-nos a não pôr de parte tanto o óbvio como o dúbio.
Será de estranhar que o presidente Evo Morales expulse o embaixador dos EUA em La Paz? Claro que não, as jogadas geopolíticas (que ainda acontece mas com uma sofisticação que anteriormente era desprezável) dos 'interesses americanos' estão ao rubro na Bolívia. São as consequências do precedente da 'revolução socialista' às portas dos EUA, e da necessidade 'imperial' de salvaguardar as posições comerciais e de influência norte-americana naquele país.
Aproveito, hoje, 11 de Setembro, para sublinhar as semelhanças entre o que se passa na América do Sul hoje e o que se passou à 35 anos atrás, quando um líder carismático que defendia a 'via chilena para o socialismo' foi assassinado. Este homem era Salvador Allende.
Se há algo que me irrita profundamente é a mania que a administração Bush tem em "meter nariz" em tudo o que económicamente influencia os EUA, mesmo quando supostamente não tem autoridade para o fazer. Depois admiram-se com atentados como o 11 de setembro. O velho ditado está certo, "Quem semeia ventos, colhe tempestades". Esse merdas desse Bush que se preocupe com o país dele, e que deixe os líderes dos outros países fazerem a política que os seus cidadãos lhes confiaram pelo sufrágio das urnas, cujo estatuto de líderes foi alcançado de forma democratica. Ainda que não concorde com algumas posições e com a postura de Hugo Chavez, acabo por compreender a sua revolta e irritabilidade. Só espero que o novo Presidente dos EUA tenha o bom senso de lidar com o mundo de forma mais diplomática e menos interesseira.
ResponderEliminarSão velhos e bem estabelecidos vícios na política americana.
ResponderEliminarPossivelmente, o seu estado actual de super potência em parte se deveu à sua 'diplomacia'.
Quanto ao 11 de Setembro, sim, um acto de terrorismo. Mas um acto terrorista interno com o "semeador de ventos" suspeito.
Quanto ao novo presidente, poderá ser mais diplomático mas, também, não acredito que a política externa americana vá modificar muito. São velhos e bem implementados interesses a comandar.