03 novembro 2008

BPN (um Banco Para todos Nós) ? (II)

Algo não me deixa em paz. Com que então o BPN (que não tem assim tanto "peso" no nosso sistema financeiro) é nacionalizado em prol de assegurar os depósitos e a manutenção da "confiança" (tem-nos custado um pouco caro não é?) no sistema financeiro. Isto, face às medidas "expelidas" do Conselho de Ministros.

Depois, o Banco de Portugal (um daqueles que deveriam regular melhor o "sistema") afirma que irá "exigir às instituições de crédito que atinjam um nível de solvabilidade correspondente a 8% dos fundos próprios de base das instituições"". Certo e apoiado. A "face" menos agradável é que o Estado (qual prestimoso "ser") irá "disponibilizar cerca de quatro mil milhões de euros para garantir os aumentos de capital que os bancos portugueses vão ter de realizar". Como? A técnica do costume, o Estado vai emitir títulos de dívida pública (endividando ainda mais o país). Para quê? Para "ajudar" a banca portuguesa (tão generosa a "partilhar" os lucros pelos seus accionistas) a cumprir certos requisitos para a sustentabilidade e viabilidade do sistema financeiro.

O Banco de Portugal (BdP) -dependente do Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC)- exige "mais". O Estado, preocupado com a banca, endivida-se (em nome do contribuinte) para "ajudar" a Banca a "cumprir" as designações do BdP. E, no fim deste círculo de financiamentos e exigências, o menos exigente e menos "financiado" é que paga: o sempre disponível contribuinte. É assim o mundo emocionante da "alta-finança".

3 comentários:

  1. O actual Presidente Cadilhe, é contra a nacionalização.

    Vamos ver a reacção do Parlamento e do governo 4ªfeira.

    Constâncio fica muito mal na foto.

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  2. Todos os dias encerram empresas, principalmente PME's neste país com problemas de solvabilidade e não vejo o Governo a intervir porque é que no sector financeiro há-de ser diferente?

    Possíveis respostas:
    1.- Para ocultar a ineficiência do Banco de Portugal enquanto entidade reguladora do sector;
    2.- Para não ter que accionar o Fundo de Garantia dos depositantes porque não sabe onde ia buscar "a massa"...

    Enfim...

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  3. Falta uma "possível resposta":

    Os órgãos directivos e sociais das PME'S não estão "recheados" de ex-compinchas políticos, ao contrário da nosso ilustre sistema financeiro. (Penso que é importante referir).

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