Depois do incumprimento das tréguas (o lançamento de rockets e afins para Israel, por parte dos terroristas do Hamas e os terroristas de Israel que não cumpriram o acordado e nunca "levantaram" o cerco sufocante a Gaza), da investida bélica desproporcional, da recusa das autoridades israelitas em admitir a crise humanitária que provocaram, da inócua resolução da ONU (com a abstenção dos EUA que, por acaso, foram os editores da proposta), da confissão de Ehud Olmert em que pressionara George Bush, da proibição dos partidos políticos dos árabes com cidadania israelita de concorrer às próximas eleições legislativas em Israel, da utilização de armas proibidas, da arbitrariedade dos ataques atingido milhares de inocentes, dos ataques a instalações e escolas geridas pela ONU, da passividade comprometedora da maioria da comunidade internacional, Israel, unilateralmente, tal como iniciara o ataque, avança com um possível cessar-fogo.
Um possível cessar-fogo baseado friamente (com aquele tipo de calculismo inumano que só os belicistas e os seus apoiantes sabem e praticam) na evidência que os objectivos iniciais foram alcançados. Contudo, as tropas ocupantes israelitas continuarão em Gaza por mais dez dias, não vá algum resquício de humanidade por lá andar.
post scriptum: o cessar-fogo já estava assinalado antes mesmo da investida bélica começar. Os objectivos tinham um período de tempo limitado: entre o início das hostilidades (27 de Dezembro) e a tomada de posse de Barack Obama (20 de Janeiro) o intento era "limpar" a faixa de Gaza de terroristas. É a crueldade da estratégia política aliada à selvajaria humana em todo o seu "esplendor".
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