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31 maio 2010

Enquanto na RTP ...

Para além do telejornal da RTP ter dado um destaque exagerado à assinatura de um dado treinador português a um clube de futebol espanhol, a peça jornalística sobre o ataque israelita (pelo menos com a narração de Márcia Rodrigues -a correspondente no médio Oriente-) é um verdadeiro nojo. A peça enuncia que os tripulantes do comboio naval humanitário tentaram quebrar o bloqueio marítimo israelita (se o comboio está em águas internacionais, como se lê nas principais agências, órgãos de comunicação social e comunicados oficiais, não há razão nenhuma para bloqueios e muito menos de invasão militar) e que desrespeitaram os "alertas" e "avisos" israelitas. Por favor, nem peço o respeito pela deontologia jornalístico porque nos tempos que correm os valores corporativos são outros, mas sim o respeito pela verdade que honra os mortos e feridos daquela acto bárbaro.

Adenda: eis o vídeo, onde a mensagem subjacente é clara e assustadora:

Justiça !

Hoje, um comando israelita atacou e matou (pelo menos) uma dezena de activistas pró-palestinianos. O ataque deu-se, supostamente, em águas internacionais o que, para elevar ainda mais a barbárie israelita, vai contra todas as leis internacionais (a ONU avança que o conjunto de barcos estavam em águas internacionais). Israel age de uma forma violentíssima (efeito directo de um governo com uma coligação direita/extrema-direita) ao movimento que pretendia fazer chegar mantimentos ao estado enclausurado da Faixa de Gaza. Chega. Chega de vermos estados a sobreporem-se às leis internacionais. Chega de estados beligerantes que assentes em falsos e hipócritas argumentos tentam justificar o injustificável. Em suma, basta de Estados terroristas. Estou, como sempre estive, totalmente solidário com o povo palestiniano que ao longo de décadas está sujeito a uma prisão e a um atropelo consentido de direitos humanos.

Uma resposta minimamente congruente com esta situação seria, desde já, uma resposta "diplomaticamente forte" que exigisse a Israel nada menos nada mais que um pedido de desculpas formal e o levantamento do desumano cerco a Gaza. Posteriormente, a condenação, segundo os tratados e as leis internacionais, da actuação daquele país. Ou seja, apenas o que aconteceria a qualquer outro país. Fico à espera.

14 maio 2010

A entrada de Israel, sem preencher os requisitos e muito menos respeitar a própria legislação de admissão, na OCDE é um acto hipócrita, apenas mais um

"Documentos internos da OCDE reconhecem que as estatísticas aceites a Israel não respeitam os princípios da organização, mas os responsáveis entendem que o problema pode ser contornado desde que o governo de Telavive apresente dados corrigidos e sem incluir os dos colonos no prazo de um ano. Acontece que a partir do momento em que Israel é admitido na OCDE dispõe de direito de veto, pelo que este dispositivo acabará por não ser aplicado." in [beinternacional]

12 abril 2010

Como a hipocrisia reina nas questões "nucleares"

Barack Obama e Dmitry Medvedev assinaram um tratado de desarmamento nuclear, que prevê que nos próximos sete anos ambos os países reduzam em cerca de trinta por cento o seu "potencial nuclear". Os EUA e a Federação Russa concentram a maioria do arsenal nuclear existente neste planeta. É um sinal positivo, o desejo elaborado por Barack Obama (que quer reduzir o armamento nuclear existente) e o tratado assinado por Obama e Medvedev.

Na "cimeira nuclear" a realizar em Washington Benjamin Netanyahu decidiu não comparecer. O primeiro-ministro israelita fora aconselhado a não comparecer na "cimeira nuclear", embora tivesse vontade de lá ir e apregoar o "perigo nuclear" para Israel, pois seria "emboscado" por outros países que exigiriam que Israel fosse fiscalizado por inspectores internacionais.

Nas relações internacionais e, em particular sobre este assunto (armamento nuclear), a hipocrisia reina. Como podemos ver pela imagem, Israel concentra o quinto maior arsenal nuclear. São cerca duzentas ogivas nucleares. Oficialmente, o Estado judaico (por definição é, portanto, um estado confessional como, por exemplo, o Irão), não desmente nem confirma a posse de armamento nuclear. Mas a existência de armas nucleares em território israelita é um "segredo público", pois existem documentos dos EUA que demonstram que Israel possui um significativo arsenal nuclear.

Porém, Israel, impõe que os seus vizinhos (em particular, o Irão) não deva, de maneira nenhuma, possuir a capacidade de produzir armamento nuclear. Uma medida que concordo e apoio. Porém, Israel, lesto a ameaçar os estados vizinhos, não dá o exemplo (e extingue o seu arsenal nuclear) e escapa impunemente ao escrutínio internacional. O estado de Israel, mesmo que não confirme, tem arsenal nuclear e, hipocritamente, ameaça quem nas "redondezas" tenha a possibilidade de produzir armamento nuclear. Israel possui armamento nuclear à revelia dos tratados internacionais e impede vigorosamente que outros o tenham. Israel apoia a visita de inspectores internacionais para que investiguem e determinem para que fins é utilizado o equipamento e "conhecimento" nuclear, porém não admite que inspectores entrem em Israel para fiscalizar e determinar para que fins Israel utiliza o seu equipamento nuclear.

As armas nucleares, só pela sua existência, são um perigo para a humanidade. A sua supressão deveria imperar nas relações internacionais.O estado actual das relações internacionais permite que haja países a serem fiscalizados e impedidos de desenvolver "conhecimento nuclear" e outros já com armamento nuclear não sejam sequer repreendidos. Enquanto a hipocrisia determinar as relações entre países, a "questão nuclear" será sempre mais uma prova de que a lei ou a ética não igual para todos mas, sim, um argumento "maleável" que se usa quando se precisa.

02 abril 2010

Hipócritas

Não deixa de ser macabramente caricato que o vice-primeiro ministro israelita, Sylvan Shalom, ostente que não deseja ver as crianças israelitas aterrorizadas nos abrigos "anti-rockets" e autorize um raid aéreo sobre a Faixa de Gaza que tem como resultado três crianças palestinianas feridas. É triste a estupidez dos Homens que tentam justificar o injustificável.

04 janeiro 2010

Um jornalismo de causas

O sítio do Jerusalem Post (o jornal em língua inglesa mais vendido e que possui o sítio, em língua inglesa, mais visitado em Israel) tem a particularidade de expor o seu parcial jornalismo descaradamente nas etiquetas colocadas no cabeçalho do sítio. Ou seja, junto a Negócios, Blogs, Opinião, Saúde e tecnologia e a Viagens lá está a etiqueta «ameaça iraniana», que serve para seleccionar as mais recentes notícias (publicadas naquele jornal israelita) sobre o Irão («ameaça iraniana»).

15 junho 2009

O "Estado Judaico"

Sendo verdade que em rigor o Estado de Israel não seja uma teocracia (possui um regime democrático) também é válido pensar que continua a fundamentar tanto a sua política como as suas acções em pressupostos religiosos. Não é displicente, que o governo actual (uma coligação entre a direita e a extrema-direita), como outros anteriores governos, enfatizam a sua "religosidade" (embora a sociedade israelita não seja a cópia dos usos e costumes dos seus governantes) nas relações políticas. Há quem afirme que esta é a verdadeira causa para o conflito territorial naquela zona: um Estado falsamente laico e o fervor religioso que ultrapassa os meandros da discussão teológica. Em suma são livros e palavras (sagradas) que outrora delimitaram áreas (podemos considerar também o factor histórico do povo semita). Num mundo, surreal, estas questões seriam discutidas por eclesiásticos e teólogos deixando as quezílias religiosas no antro do estudo. Mas não é isto que acontece e, naquela zona, os objectivos da política se confundem com os objectivos da religião.

Sobre esta evidência há um exemplo recente: a abertura (forçada pelos EUA) em relação ao Estado Palestiniano.

No conjunto de condições basilares para um futuro acordo entre as partes destaco uma condição que exige o reconhecimento dos palestinianos do Estado judaico e, não, do Estado israelita (como um Estado democrático e laico deveria se denominar). Pormenores que ditam a diferença.

post scriptum: no contexto das exigências pedidas por Benjamin Netanyahu, o Estado judaico exige que o território concedido (e não devolvido é a pureza das palavras) aos palestinianos não possuirá um exército, não terá o controlo do espaço aéreo, não permitirá entrada de armas, nem a possibilidade de estabelecer alianças com o Irão ou com o Hezbollah", o movimento xiita libanês. Tenderia a concordar com ele se este estímulo pacifista também se estendesse a Israel.

01 fevereiro 2009

Tal como as tréguas que antecederam a invasão israelita, são as tréguas após a invasão que são ameaçadas pelo mesmo motivo (o levantamento do cerco)

«O Hamas afirmou que aceitaria uma trégua de longo prazo se as fronteiras da Faixa de Gaza fossem abertas. Por sua vez, Israel se recusa a ceder, argumentando que a medida facilitaria o contrabando de armas do Egito para os extremistas palestinos.» in O Globo.

17 janeiro 2009

A crueldade da estratégia política aliada à selvajaria humana em todo o seu "esplendor"

Depois do incumprimento das tréguas (o lançamento de rockets e afins para Israel, por parte dos terroristas do Hamas e os terroristas de Israel que não cumpriram o acordado e nunca "levantaram" o cerco sufocante a Gaza), da investida bélica desproporcional, da recusa das autoridades israelitas em admitir a crise humanitária que provocaram, da inócua resolução da ONU (com a abstenção dos EUA que, por acaso, foram os editores da proposta), da confissão de Ehud Olmert em que pressionara George Bush, da proibição dos partidos políticos dos árabes com cidadania israelita de concorrer às próximas eleições legislativas em Israel, da utilização de armas proibidas, da arbitrariedade dos ataques atingido milhares de inocentes, dos ataques a instalações e escolas geridas pela ONU, da passividade comprometedora da maioria da comunidade internacional, Israel, unilateralmente, tal como iniciara o ataque, avança com um possível cessar-fogo.

Um possível cessar-fogo baseado friamente (com aquele tipo de calculismo inumano que só os belicistas e os seus apoiantes sabem e praticam) na evidência que os objectivos iniciais foram alcançados. Contudo, as tropas ocupantes israelitas continuarão em Gaza por mais dez dias, não vá algum resquício de humanidade por lá andar.

post scriptum: o cessar-fogo já estava assinalado antes mesmo da investida bélica começar. Os objectivos tinham um período de tempo limitado: entre o início das hostilidades (27 de Dezembro) e a tomada de posse de Barack Obama (20 de Janeiro) o intento era "limpar" a faixa de Gaza de terroristas. É a crueldade da estratégia política aliada à selvajaria humana em todo o seu "esplendor".

13 janeiro 2009

"Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. (AP 2:10) ..." (II)

«O primeiro-ministro israelita caracterizou Bush como um “amigo sem paralelo” de Israel. “Eles tiraram-no do palco onde discursava, levaram-no para outra sala e eu falei com ele. Disse-lhe: ‘não pode votar a favor desta resolução’. E ele respondeu-me: ‘Escute, eu não sei nada sobre isso, não o vi, não estou familiarizado com a forma como está formulado’.” Olmert contou que disse então a Bush: “‘Eu estou familiarizado com ele. Não pode votar a favor’. “Ele deu a ordem à Secretária de Estado Condolezza Rice e ela não votou a favor da resolução que ela própria concebeu, formulou, organizou e manobrou para ser aprovada. Ficou bastante envergonhada, mas absteve-se.”» in [O País do Burro]

11 janeiro 2009

(...)

Por esta e por outra, que o ridículo adquiriu, hoje, um significado bem diferente. Haja decência (pelo menos mental).

Canja voodoo

«George W. Bush rejeitou no ano passado ajudar Israel num raide contra o principal complexo nuclear iraniano, optando por autorizar operações secretas de sabotagem, revela o New York Times na sua edição online» in [JN]

O conluio israelo-americano e a sua política «preventiva» tecem-se nos ficheiros «top-secret» por detrás das negociações e conversações diplomáticas. De nada vale, as «távolas» redondas da diplomacia internacional e os anseios de multilateralismo. Além, do critério ambíguo de quem deve ou não possuir o direito às armas nucleares (por princípio, sou contra) é este perigoso cinismo político que me irrita.

09 janeiro 2009

A investida bélica israelita foi previamente delineada e autorizada pelos EUA, "off record", está claro

«Durante uma visita ao Médio Oriente, o secretário da Defesa americano Robert Gates avisou que os inimigos dos EUA não deveriam usar o vazio de poder na região para tentar alterar o statu quo ou enfraquecer os novos objectivos americanos.

Ironicamente, o maior desafio a esta advertência acabou por vir do principal aliado da América na região, Israel.
(...)
O Governo israelita está, em suma, a aproveitar os últimos dias da Administração Bush para implementar a sua política de privilegiar o uso da força e está a tentar criar, ao mesmo tempo, uma situação que tornará indubitavelmente mais difícil ao novo Presidente pôr de pé as suas políticas para a região. »

A opinião interessante e pertinente de Álvaro Vasconcelos (Director do Instituto de Estudos de Segurança da União Europeia) in Público.

"O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal , mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer"

«A resolução 1860 da ONU foi votada ontem à noite e adoptada por 14 votos em 15. Os Estados Unidos abstiveram-se.»

05 janeiro 2009

É a política dos "grandes" e a vida dos "pequenos", estúpido !

«A ministra israelita dos Negócios Estrangeiros, Tzipi Livni, rejeitou hoje os apelos de diplomatas europeus, de visita a Jerusalém, a um cessar-fogo imediato em Gaza, sublinhando que Israel está apostado em mudar a distribuição de forças no território.» in [Público]

Israel continuará, impunemente, a sua investida bélica na faixa de Gaza. O objectivo tem um período de tempo limitado. Entre o início das hostilidades (27 de Dezembro) e a tomada de posse de Barack Obama (20 de Janeiro) o intento é "limpar" a faixa de Gaza de terroristas. É a crueldade da estratégia política aliada à selvajaria humana. Enquanto isso, os ódios crescem e a razão desvanece.

04 janeiro 2009

[Guerra] A vergonha da Humanidade

No meio da confusão religiosa (na essência, a causa de toda esta confusão), um estado nascido a partir do terrorismo invade, com a permissão generalizada das potências mundiais, um território atrofiado e negado a nascer.

«Forças do exército israelense invadem a Faixa de Gaza O Exército israelense avança sobre a Faixa de Gaza em quatro frentes de combate e enfrenta militantes palestinos nos arredores da Cidade de Gaza, a maior do território palestino, neste domingo, 4, segundo dia da ofensiva por terra, e nono de conflito na região.(ler mais

post scriptum: Sinceramente, considerar legítimo qualquer acto de destruição humana é renegar-nos como seres pensantes e racionais. Aplica-se tanto ao desesperado terrorismo palestiniano como ao, pela desproporcionalidade de força e reacções internacionais, impune terrorismo de estado israelita.

01 janeiro 2009

O cinismo israelita

A recusa da realidade para o comum mortal é, por vezes, um sinal de um mau-estar psíquico. Contudo, na política é diferente. Recusar a realidade é apenas um meio para atingir um fim.

Tzipi Livni, actual ministra dos negócios estrangeiros israelita (e eventual primeira-ministra), afirma que não existe uma crise humanitária em Gaza. A não ser que o conceito de crise humanitária para ela seja diferente da restante humanidade, estamos perante numa cínica recusa da realidade.

Num sítio (faixa de Gaza) onde o direito à vida, à alimentação, à saúde, à moradia, à educação, e à segurança estão, desde de há muito tempo, ameaçados pelo cerco e coacção israelita, atingido agora o auge com a investida bélica, recusar esta realidade (uma crise humanitária) é um atestado de mau intenção que deveria ser veemente contestado.

29 dezembro 2008