A recusa da realidade para o comum mortal é, por vezes, um sinal de um mau-estar psíquico. Contudo, na política é diferente. Recusar a realidade é apenas um meio para atingir um fim.
Tzipi Livni, actual ministra dos negócios estrangeiros israelita (e eventual primeira-ministra), afirma que não existe uma crise humanitária em Gaza. A não ser que o conceito de crise humanitária para ela seja diferente da restante humanidade, estamos perante numa cínica recusa da realidade.
Num sítio (faixa de Gaza) onde o direito à vida, à alimentação, à saúde, à moradia, à educação, e à segurança estão, desde de há muito tempo, ameaçados pelo cerco e coacção israelita, atingido agora o auge com a investida bélica, recusar esta realidade (uma crise humanitária) é um atestado de mau intenção que deveria ser veemente contestado.
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