Em Outubro de 2007, o ministro do Ambiente, Nunes Correia, anunciara pomposamente que «Os transvases não estão previstos e não foram considerados na avaliação sobre o potencial destas barragens». Ou seja, que no "Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH)" não constava qualquer insinuação de um transvase nos projectos de construção de barragens prevista no Programa Nacional de Barragens.
Posteriormente, em Setembro de 2008, Rui Cortes, professor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e especialista da área do ambiente, alertava para os perigos ambientais do PNBEPH e denunciava os vários transvases previstos no PNBEPH, sublinhando que um deles, o transvase do rio Olo, poria em risco a continuidade das quedas de água de Fisgas de Ermelo tal como a conhecemos.
Neste Sábado (dia 24 de Janeiro de 2009), o mesmo ministro que anunciara a exclusão dos transvases no PNBEPH em 2007, Nunes Correia, ministro do Ambiente, garantiu que as Fisgas de Ermelo «vão continuar». Ou seja, que o transvase do rio Olo está, por agora, fora de consideração. Uma intenção que resultou não pela determinação do ministro, o mesmo que outrora confirmara a exclusão de transvases no PNBEPH e que no entanto continua previsto no PNBEPH, mas sim pela iniciativa dos ambientalistas e do presidente da Iberdrola que esteve na UTAD, que perante os factos expostos pelos investigadores da Academia, comprometeu-se a estudar o problema. Um encontro que proporcionou o impulso para que a empresa prescindisse do transvase do rio Olo, permitindo assim a continuidade das cascatas das Fisgas de Ermelo.
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