13 fevereiro 2009

Reciclagem/rentabilização do meio (III)

O investimento público tem sido apontado por vários especialista de todo o mundo como uma das medidas prioritárias para combater a crise. Mas que tipo de investimento público??? No meu entendimento classifico o investimento público em dois tipos: o investimento que serve as oligarquias e/ou determinadas classes sociais (os megalómanos) e que centralizam o monopólio financeiro; e o investimento mais diversificado e abrangente que serve a sociedade em geral, distribuindo de forma mais igualitária os dinheiros públicos pelo território e pelas empresas (descentralizando o capital). Os países altamente desenvolvidos e ricos reservam o luxo de investirem em obras megalómanas, porque o dinheiro dá pra tudo. Mas Portugal definitivamente não é um país rico.
Ouço falar em obras públicas como o TGV, a nova ponte sobre o tejo, o novo aeroporto, as novas barragens hidroeléctricas, e até uma candidatura conjunta com Espanha para o mundial de futebol em 2018, etc. Cabe a cada um dos leitores defenir no seu pensamento o tipo de investimento em que cada obra se insere. Na actual óptica política, estes investimentos têm sido justificados como impulsionadores da economia, quer por reacenderem a "chama" económica, quer pela reabilitação da construção civil (um dos sectores em crise), quer pela criação de postos de trabalho, consequentemente. As minhas questões são: o que se vai fazer depois das obras megalómanas estarem concluídas? Vai se gastar o carcanhol, e depois de concluídas, as empresas vão fazer obra aonde e em quê? e com que dinheiros? se nem a Banca nem o Estado têm dinheiro!? Talvez abram falência arrastando consigo os funcionários para o desemprego, que no fundo é uma repetição do que nos está a acontecer e do que temos vindo a fazer. Que sustentabilidade é esta?!

Sem comentários:

Enviar um comentário