Outra inquietação presente meu pensamento, é a guerra (e aqui incluo também o terrorismo). Seja ela política, religiosa, étnica...,ou o que quer que a origine, esta não pode ser justificável com moralismos doentios e empobrecidos. É verdade que as guerras nos ensinaram muitas coisas, e talvez sem elas, não teria havido aproximação e cruzamento de culturas. Porém, arrastaram consigo biliões de mortos e oprimidos, dando origem às mais variadíssimas formas de extremismo político e social. Passado é passado. No presente as formas de comunicação permitem, de forma pacífica, a aproximação e a negociação entre povos através do diálogo. Hoje conhecem-se variadíssimas culturas, crenças e religiões, falam-se várias línguas e dialectos. As Nações têm de saber respeitar-se umas às outras, e o respeito deve vir de dentro. Por muito que não concordemos com certas culturas, não podemos expulsá-las como se de cães se tratassem. O que podemos fazer é mostrar e explicar a nossa cultura aos outros e tentar entender a deles. Dentro dos limites das liberdades e direitos humanos, não podemos forçar ninguém a mudar os seus hábitos apenas porque nos dá na real gana, da mesma forma que não devemos deixar que tentem fazê-lo connosco. Devemos partilhar e não impor, educar e ser educados. Cada País tem de pôr de lado o preconceito pelas raças, religiões, étnias, costumes e orientações. A ONU e a NATO têm de repensar a sua forma de actuação. Os recentes conflitos entre a Rússia e a Geórgia, assim como o último na faxa de gaza, entre Israelitas e Palestinianos, espelham na perfeição a falta de diálogo e a transgressão das liberdades e direitos humanos.
Actualmente vivemos tempos difíceis do ponto de vista financeiro-económico, as religiões não encontram plataforma de entendimento, as populações vivem em clima de desconfiança por tudo e por todos. As Nações não encontram soluções de equilíbrio na distribuição dos recursos, e a globalização abriu o livro das desigualdades, da exploração e da injustiça espalhadas por todo o mundo. Talvez a queda do Muro-de-Berlim não tenha anunciado verdadeiramente o fim da Guerra Fria. Vivemos ainda numa época de grande desconfiança pelo vizinho do lado, repleta de tensões que se assemelham e muito, ao clima que antecedeu as grandes guerras. Com as actuais tecnologias bélicas em permanente desenvolvimento ("escondido" e/ou ignorado), em territórios como a china, o Irão, Coreia do Norte, etc, a ameaça é real. Actualmente, sejam elas: atómica, química ou biológica... se aliadas à crueldade humana, uma guerra de proporções mundiais, pode resultar no fim da humanidade.
Não podemos esquecer que o planeta não é de ninguém, é de todos que o habitam. As fronteiras são meros traços e riscos de divisões político-administrativas.
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