«O presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Carlos Miguel, foi surpreendido ao início da tarde com um fax do Ministério Público no qual era dado um prazo à autarquia para retirar o conteúdo sobre o computador Magalhães, que fazia parte de um dos carros alegóricos, onde apareciam mulheres nuas. “Achamos que pela primeira vez após o 25 de Abril temos um acto de censura aos conteúdos do Carnaval de Torres”, lamentou o responsável, em declarações à Antena 1.
(...)Carlos Miguel acrescentou que “o que existe é uma sátira ao computador Magalhães com um autocolante que se pressupõe que seja o ecrã”, pelo que não entende o pedido para o retirarem do Carnaval e entregaram mais tarde ao tribunal judicial.» in
Não sei em que se baseou o Ministério Público para actuar assim. O Ministério Público é um representante do Estado (e não do governo) para defender a legalidade e os interesses da lei e, acima de tudo, defender os princípios democráticos de um Estado Democrático. Não compreendo, e muito menos aceito, que esta entidade pública censure (o que vai contra os seus estatutos) um acto carnavalesco. É um acto a merecer a devida responsabilização ao comprovar-se (o que aparenta ser o motivo) que a censura deveu-se apenas a uma exposição satírica da coqueluche da propaganda do Governo.
Esse Ministério Público ultra-sónico deve ser novo, porque o outro demora 5 anos a chamar alguns dos intervenientes do caso "Freeport"!!
ResponderEliminarA lei foi alterada para o Ministro da Justiça ter um controle directo o Ministério Público, independência já era, afinal quem pode promover/despromover procuradores?
Esta democracia anda tremida...
...anda tremida e ameaçada.
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