14 maio 2009

A pouco e pouco ...

«Em comunicado recebido pelo Mondim Online, o Presidente da Junta de Freguesia de Mondim de Basto esclarece: “Por achar ser de interesse público, venho esclarecer a comunidade em geral, e em especial os eleitores que confiaram o voto na lista do Partido Socialista, que conduziu à minha eleição para presidir à Junta de Freguesia de Mondim de Basto, que, por razões de carácter pessoal e de incompatibilidade com a liderança, me desvinculei, formalmente, de militante do Partido Socialista.

A partir desta data, continuarei a presidir à Junta de Freguesia até ao fim do mandato que me foi conferido, por entender que o mandato tem um carácter pessoal, logo exercê-lo-ei com plena liberdade e independência.

Enquanto cidadão livre, exercerei todos os direitos de cidadania, intervindo activamente na defesa dos interesses de Mondim de Basto.»

Fernando Gomes, presidente da junta de freguesia de Mondim de Basto, desvincula-se do partido socialista. Com a minha certeza, não saberei todas as causas que levaram a este abandono (algo sempre difícil para quem de livre vontade "milita" num partido) mas o livre espírito alimenta razões. De salientar, a sua atitude perante a problemática de Fridão e a sua opinião sobre o "atentado" que nos reserva. Fernando Gomes não se compactuou com as cortinas de fumo sobre a problemática de Fridão e com os ditames hierárquicos, de quem vê a filiação num partido como um acto de castrar o livre pensamento.

Em concreto, em Terras de Basto, só conheço duas pessoas com responsabilidades autárquicas e que se constituírem como tendencialmente "anti-barragistas": o Vítor Pimenta e o Fernando Gomes, ambos eleitos na lista socialista. E ao que parece, ambos, com um mau olhado hierárquico.

Têm uma opinião fundamentada e rumaram contra maré. Assumiram as suas posições no sentido contrário dos responsáveis locais que seguem o diktat governamental. Em consonância, como a boa disciplina partidária dogmatiza, e em bom som quase todos gritam: as "barragens" são um investimento público e com um interesse nacional quando, na realidade, são um investimento privado e com um interesse governamental. Uma mensagem um pouco diferente daquela que querem passar.

Provavelmente, serei eu a especular. Porém, resta a dignidade do homem perante a situação. Nunca é fácil desistir de um sonho. No entanto, a situação actual impede que os livres homens se façam ouvir dentro destas instituições. As razões são imensas. Há, também, quem simplesmente não suporte a náusea...

2 comentários:

  1. Ligar a desvinculação do partido com a Barragem, sem dúvida é de grande imaginação ... os novos episódios estão a chegar! :)

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  2. Reafirmo que não sei quais foram as razões (em concreto) sobre a desvinculação.

    Contudo, não refiro que a causa foi a "barragem". Simplesmente, faço uma transposição (um pouco tosca) do problema com a realidade deste partido sobre esta problemática e as pessoas em causa.

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