O afastamento de Manuela Moura Guedes satisfaz os dois maiores agrupamentos políticos. O Partido Socialista, com o afastamento de Manuela Moura Guedes, apresenta-se no próximo acto eleitoral sem o efeito redutor na credibilidade política, moral e ética das reportagens e opiniões do noticiário apresentado e dirigido por Manuela Moura Guedes. Restando, agora, somente a realidade para efectuar este papel. O PS pode, também, apresentar-se como vítima de um conluio qualquer (proveniente de uma tal "campanha negra") devido ao momento de tal purga jornalística ser o menos indicado e o mais evidente para associar ao partido.
O Partido Social-Democrata, tal como o PS, pejado de cabalas e obradores das mesmas, tem mais um argumento para apregoar a reiterada "asfixia democrática" do governo socialista. Serve-se do afastamento de Manuela Moura Guedes como se serviria da continuação do seu projecto jornalístico. Contudo, convém referir que um similar passo de "asfixia democrática" aconteceu há cerca de 5 anos com o afastamento de Marcelo Rebelo de Sousa do rol de comentadores da estação TVI. Naquele tempo reinava em São Bento as cores laranjas do partido social-democrata e o seu representante era Santana Lopes.
A liberdade de expressão foi violentamente arreganhada neste caso. A administração da PRISA provou, mais uma vez, que é "pressionável" e prestável a serviços pouco democráticos e éticos, independentemente de quem seja o mandante.
Fica aqui um excelente vídeo de promoção do Jornal Nacional de Sexta, censurado pela administração. Só o facto de ser censurado já engrandece o vídeo mas a qualidade deste é deveras interessante.
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