13 fevereiro 2010

Petições & Movimentos

Era esperado. Tal como o movimento «Todos pela Liberdade», e a petição pública «Todos pela Liberdade» surge, agora, como contra-manifesto um movimento «Pela Democracia, nós tomamos partido» e a respectiva contra-petição pública «Pela Democracia, nós tomamos partido». Nesta situação, mantenho-me irredutível.

Não subscrevi a primeira petição porque estou convicto que o conceito de Liberdade estava centrado apenas na libertação do jugo político, mas esquecendo-se do poderoso jugo económico que condiciona também a livre expressão e comunicação em Portugal. Era uma petição em torno das investidas governamentais de controlo da informação. Pecou por tomar a parte pelo todo: defendem a Liberdade mas reivindicando a supressão de apenas uma parte daquilo que a condiciona.

Sobre a segunda petição as razões são semelhantes: não subscrevo a tomada de defesa do PS e do primeiro-ministro José Sócrates, porque o estado de mau «regime democrático» está como está devido (não só, mas também) ao Partido Socialista e ao primeiro-ministro José Sócrates. Não deixa de ser curioso que invocam a defesa do PS e do PM quando o que está no centro desta «campanha» é o primeiro-ministro e certos elementos do PS. Esta petição peca, também, por tomar a parte pelo todo, ou seja, para a defesa da Democracia reivindicam a defesa de uma personagem e um partido.

Em resumo, não gosto de ser instrumentalizado por conceitos e palavras muito apelativas que são apenas utilizadas para atingir fins políticos e mediáticos. Porque, em caso contrário, estavam todos a defender o mesmo: a Liberdade e a consequente Democracia.

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