«O PCTP/MRPP considerou hoje que o futuro aproveitamento hidroeléctrico do Fridão, incluído no Programa Nacional de Barragens, ameaça a segurança e a saúde pública no Vale do Tâmega.
O partido "diz não à barragem de Fridão porque estão em causa a segurança, a saúde pública e a qualidade de vida das populações do vale", escreve o PCTP/MRPP, em comunicado enviado à agência Lusa.
"Porque o rio Tâmega para montante de Amarante já apresenta um grau considerável de poluição, perguntamos que saúde e que qualidade de vida vão ter as populações ribeirinhas?»
in Público.
Neste comunicado, o PCTP/MRPP, exorta a perigosidade para o ambiente do plano de barragens nacional, e em particular, a futura barragem do Fridão. Um especialista em estudos de impacte ambiental, Rui Cortes, asseverou o perigo iminente para Amarante se esta barragem for construída. Enquanto o debate, semelhante a uma explicação de uma decisão unilateralmente tomada, se faz em outras terras de Basto, por aqui, nada se explica. Esta decisão, unilateral, do governo impor, o plano nacional de barragens, sem ouvir, sem esclarecer e sem debater as vantagens e desvantagens de tal investimento, relega a população ao seu silêncio imposto. E esta, inquieta-se com o que para aqui vem.
Compreendo a necessidade de criar alternativas energéticas. É necessário, sim. Contudo, o que se impõe aqui é a velha máxima do Bocage que o desenrasco português imortalizou : é pior a emenda do que o soneto. É deveras escandaloso um projecto, a acontecer, sem discussão nem esclarecimento. Não é um projecto inócuo. É um plano nacional de grandes barragens. É gigantesco. É enorme e destruidor. Terá as inevitáveis vantagens que este tipo de investimento e retrocesso energético possui. Mas, no actual momento, trata-se de evidenciar as desvantagens ambientais e não só, porque o processo de decisão há muito parece ter sido definido nos meandros dos ministérios e das empresas, lá para o centralismo de Lisboa. Como sempre, quando os 'altos valores' políticos e económicos se se impõem, os pacóvios do vale do Tâmega e das Terras de Basto, os verdadeiros prejudicados, não devem e não podem ser ouvidos, muito menos, participar harmoniosamente no processo de decisão. É politicamente contra-producente e economicamente inviável.
Adenda: A ler e a reter: O Mau Castor (ou o lobby das águas paradas).
Marco gostaria de lhe lançar um desafio, enuncie algumas partes boas, se achar que existem, que advêm com a construção das barragens, soluções e potencialidades que eventualmente elas possam criar.
ResponderEliminarAs barragens estao aí, desta segundo dizem, nao ha volta a dar, é de reprovar a falta de discussao, mas nas discussoes que houveram nomeadamente em mondim nao estava nenhuma multidao a assistir, logo parece nao haver muitos interessados nesta materia. as pessoas elegem os politico para que respondam por elas, mas infelizmente nao é o que acontece, na maioria das vezes.
abraço
Com todo o gosto,
ResponderEliminarVejamos, por partes, como um exemplar pragmático (que não o sou):
1. Vantagens da construção da barragem:
Poderá estimular a economia local e nacional. Localmente, a construção de tão grande obra, trás um conjunto de requerimentos que muito pode beneficiar a localidade escolhida. Vejamos, tão grande obra, necessitará de uma quantidade considerável de força produtiva (trabalhadores e maquinaria). Os trabalhadores necessitarão de descansar, dormir, alimentar-se etc. por força, em casos que seja possível, irão procurar tal fornecimento de serviços na localidade em que estão a trabalhar. Para o estacionamento de maquinarias e armazenamento de materiais necessários terão de alugar e arrendar terrenos próximos no mais propício e próximo sítio onde estão a laborar. Isto de uma forma simples. A nível nacional, é o estímulo do sector da construção e tudo o que ele envolve a contribuir para a economia nacional.
2.Ao nível das soluções, que uma hipotética barragem deste tipo, poderá proporcionar:
As soluções são as conhecidas, solucionar o problema da elevada dependência aos combustíveis fósseis para a criação de energia eléctrica, no qual o nosso país é muito dependente. Em certos casos, até poderá solucionar o problema de cheias e enchentes sazonais. Poderá solucionar o problema do subaproveitamento do potencial hídrico do nosso país, que segundo os dados oficiais, está abaixa da média europeia.
3.As potencialidades deste tipo de investimento são imensas e quase ideais, não fosse o prejuízo ambiental:
Traduz uma energia poderosa e rentável (custo/produção em que uma barragem deste tipo possivelmente suprirá o investimento inicial em 15 a 20 anos, tornando, após estes anos, os custos de produção para quase nulos para a concessionário o que seria extremamente vantajoso para o Estado se a EDP se for ela a concessionária, não fosse, actualmente, uma entidade privada). É uma energia limpa e renovável. Poder-se-á, também, aproveitar as albufeiras criadas para exploração turística e aumento assim a potencialidade turística.
Isto a nível superficial e resumido, mas o que conta nestes investimentos é balancearmos as vantagens coma as desvantagens. Com estudos sérios e credíveis. Mas este processo, para ser justo e credível, terá que passar pelo sufrágio opinativo da população abrangida e prejudicada com efeitos secundários deste investimento.
Abraço.
obrigado por ter aceite o desafio.
ResponderEliminaré favoravel para a opinião publica ver e mostrar as duas faces da moeda...
a nossa regiao esta bastante deprimida, é bom mostrar tambem a face boa da questao, quando apontamos problemas deviamos apontar soluções, para contrariar o clima da critica barata e apelar ao mesmo tempo á critica construtiva.
abraço
Mas eis um problema: aqui, o positivo foi aparentemente e grosseiramente apresentado. Quanto as desvantagens, secundarizadas.
ResponderEliminarComo neste sítio reina a crítica barata e destrutiva, as soluções escasseiam. É, portanto, mais fácil e rápido criticar sobejamente, não vá as soluções complicadas e pertinentes aparecer.
Abraço.