18 fevereiro 2009

Barragens e afins

«Na região, ou nalgum dos seus concelhos afectados, tentar o debate sobre a problemática de qualquer uma das cinco barragens projectadas e programadas para a bacia do Tâmega com base nos argumentos das eléctricas (EDP ou IBERDROLA) ou em algum dos argumentos que temos ouvido do ministro do Ambiente e do Primeiro-ministro, seja o da “criação de emprego”, o das “energias renováveis”, do “cumprimento de Quioto”, de “combate às alterações climáticas”, da “independência nacional”, do “desenvolvimento do interior”, e agora como a chave para “dinamizar a economia nacional em tempo de crise”, é condescender com a tentativa de intoxicação da opinião pública e não de promover o seu esclarecimento, é seguir na via estreita, dogmática e sectária, de alienar patrimónios multigeracionais em que o Governo enveredou, é ceder ao facilitismo de argumentos brumosos, infundados e irresponsáveis, de possuir uma opinião sem ter de a construir a partir de fundamentos credíveis, válidos, actuais e escorreitos.» José Emanuel Queirós

«Fridão toca o concelho de Cabeceiras de raspão, daí ser legítimo questionar-se a oportunidade desta conferência[13 de Fevereiro]. Legitimidade, que também a têm, deve aceitar-se de todos quantos sentirão de facto, de uma forma ou de outra, os efeitos da barragem e, aos argumentos que sustentam as suas posições, devem contrapor-se argumentos. Tornou-se claro, a partir de certo momento, que o interesse da Câmara Municipal era defender o Plano Nacional de Barragens, obviamente, porque resulta de uma opção governamental, logo, democraticamente inquestionável.» Ílidio dos Santos

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