Alexandre Vaz, ilustre cidadão cabeceirense, elaborou um texto que descrevia, com a precisão que a ironia e a realidade nos proporcionam, o statu quo do ser e viver nesta terra.
Contudo, estes escritos, como em voga está, foram considerados "impróprios" pelo poder local. De referir, que um político ou entidade política possui uma "blindagem" legislativa que promove a liberdade de expressão e de actuação do eleito local. É compreensível e defensável esta situação, pois, por vezes, os eleitos no exercício das suas funções têm que enfrentar poderes, interesses e interesseiros em muito superiores à sua personalidade política.
Para compreenderemos bem a situação (nesta e em outras terras), basta analisarmos o texto em causa e reflectirmos se há ou não matéria injuriosa. De realçar, que a relação de forças entre o cidadão que opina e o poder local que se ofende é extremamente desproporcional. Pois, o cidadão comum não está legalmente "blindado" e contra si ocorre um poder económico, politico e de influência incomensuravelmente superior. Por vezes, o processo é a sentença.
Na senda para uma plena democracia, a opinião livre, responsável e não só, terá que inserir-se no conceito democrático. Restringir ou tentar intimidar a livre opinião é atentar contra o bem democrático. E isto é atentar contra os valores basilares da nossa existência, ou seja, atacar todo o cidadão, sem excepção.
"a relação de forças entre o cidadão que opina e o poder local que se ofende é extremamente desproporcional. Pois, o cidadão comum não está legalmente "blindado" e contra si ocorre um poder económico, politico e de influência incomensuravelmente superior."
ResponderEliminarCompletamente de acordo e é um dos pontos fulcrais deste e doutros casos.