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27 novembro 2008
12 novembro 2008
A Escola de uns
O conceito de instituição de ensino está ameaçado. Não pela reivindicação da docência relativamente ao processo de avaliação (simplesmente o modelo, não o conceito "Avaliação", aparenta estar impraticável) e a burocratização da Escola mas, sim, pelas "vozes" que se mobilizam não em repúdio aos erros implementados no sistema de ensino mas contra o própria instituição (a escola pública e a universalidade que ela implica). Afirmam e defendem, como cura de todos os males, a privatização total das Escolas; programas exclusivamente definidos pelas Escolas e a instituição do cheque-ensino.
Onde ficaria a universal e a tendencialmente gratuita (em outros tempos já foi mesmo gratuita) Escola ? Pois, mercantilizar o ensino (como já vimos em outras áreas da sociedade e com efeitos que agora sentimos) é sempre a melhor escapatória. Como a Escola é uma instituição de ensino pública, portanto da responsabilidade de todos os cidadãos, nada como fugir aos seus problemas, tornando a instituição de ensino em algo "mercantilizável" e privatizando as responsabilidades. Todos ganham, uns pela "perda" de responsabilidades e outros por novas oportunidades de negócio e potencial acumulação de "cheques-ensino".
15 julho 2008
Ensinar com precariedade
A precarização do ensino é um dos factores que mantém a nosso sistema de Ensino, no estado precário e debilitado que está. Na área da "Grande Lisboa", cerca de 93% dos monitores e professores que leccionam as Actividades de Enriquecimento Curricular do 1º ciclo do Ensino Básico estão em situação contratual precária. Uma situação laboral sem a devida protecção e regalias sociais, isto é, sem direito a subsídio de desemprego, apoio na doença ou subsídio de férias e de Natal. Como o processo contratual dos professores que trabalham nas Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) depende das Câmaras Municipais, são elas as responsáveis por esta precarização. Contudo, é algo que, infelizmente, transcende a todo o País. Provavelmente, mediante variadíssimas condicionantes, aposto que em Cabeceiras de Basto a precarização destes professores e monitores está bem acima dos números lisboetas, vaticino: 100% de precarização.
04 junho 2008
Um investimento no Futuro
No resumo das deliberações da Reunião de 29 de Maio de 2008 na última reunião camarária, um dos pontos em destaque foi a fixação em 50, o número de bolsas de estudo a atribuir a jovens Cabeceirenses que se encontram a frequentar o ensino secundário (a partir do 9 ano), ensino profissional (nível II) e ensino superior público durante o ano lectivo de 2007/2008.
É, inequivocamente, uma boa medida camarária, o aumento no número de bolsas a atribuir a jovens estudantes, dos variados graus de ensino, que possuem dificuldades reais de exercer o seu estudo sem ajudas exteriores. A aposta na qualificação dos jovens é um axioma actual nas políticas sociais de qualquer município português. É o futuro e o desenvolvimento do Concelho que está em causa. Portanto, só poderei desejar um aumento, nos próximos anos, de bolsas a atribuir. Embora a medida seja essencial, e tendo em conta os problemas e as restrições sócio-económicas e culturais do nosso Concelho, aparenta ser ainda residual. É necessário mais investimento e divulgação neste âmbito, porque em causa está o futuro deste Concelho.