28 fevereiro 2008

Para quando a 'SCUT' para a A7 ?

O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações garantiu esta quarta-feira que as negociações para a introdução de portagens em três auto-estradas sem custos para o utilizador (SCUT) estão «bem encaminhadas»

As concessões SCUT são insustentáveis a médio e longo prazo. Trarão custos incomportáveis para o Estado português, em particular, para o contribuinte português. Esta incomportabilidade deriva da falta de justiça na concessão, na sua ineficiência (o programa de concessões Scut já criou encargos extraordinários), na sua insustentabilidade e inviabilidade. Por isso é imperativo a sua rentabilização para minorar as consequências negativas.

Uns dos pontos que provocam a insustentabilidade generalizada do programa de concessões sem custo para o utilizador é a injusta concessão. O Governo está, na minha opinião, bem, tomar medidas para corrigir um dos pontos de insustentabilidade ao portajar concessões Scut onde é injusto, perante os critérios de atribuição, continuar a usufruir de tal benesse. Mas, para o bem da equidade do Governo, deverá rever os contratos de concessão e reestabelecer a justiça nas Auto-Estradas onde cumprem todos os critérios para a concessão Scut.

A Auto-Estrada número 7 é um caso flagrante de tal injustiça. Já aqui referi a evidência de uma concessão SCUT na Auto-Estrada número 7, onde esta auto-estrada cumpre todos os requisitos para a atribuição. Não sei se foi por falta de vontade política ou outro critério de impedimento, mas esta Região não usufrui de tal benesse rodoviária que muito contribuiria para o desenvolvimento desta pobre Terra. As entidades políticas responsáveis por esta Terra deveriam, com todos os seus meios reivindicar a justiça na atribuição desta benesse para esta indigente Região. Intentos não chegam.

2 comentários:

  1. Muito bem. Basto é das regiões que em termos de recepção de fundos comunitários, estará agora a cerca de 45 a 50% da média comunitária. O poder de compra per capita de um cidadão que resida em Basto em sensivelmente metade do poder de compra de um cidadão que habita no grande porto. A taxa de analfabetismo, abandono escolar e iliteracia, bem como o envelhecimento da população, é um dos maiores do país neste espaço geográfico. Também n percebo porque é que não havemos de ter auto-estrada sem portagem. Mas presumo caro marco, que não será na minha nem na tua geração, que retirarão a praça de portagem no Arco de Baúlhe. Acho que os nossos autarcas, tão solícitos a reivindicar outras coisas, deveriam também unir-se por esta causa, e já agora pela ligação a Celorico e Mondim, que é actualmente terceiro-mundista.

    ResponderEliminar
  2. Nunca percebi porque não reivindicaram algo essencial para esta Terra.

    A ligação a Celorico e Mondim peca pelas promessas do Estado e a falta de diálogo entre estes municípios que provoca, como em quase todas as áreas que pecam por falta de diálogo, o definhamento desta Terra.

    ResponderEliminar